Nesta quinta-feira, 12, o Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Padre Marcos Passerini – CDMP, realizou uma roda de diálogo voltada para a saúde mental, com o objetivo de aprimorar o conhecimento e as práticas dos/as profissionais e sócios-colaboradores da Organização. O encontro aconteceu na sede do CDMP, localizada no centro de São Luís.
A roda de diálogo teve a colaboração da Coordenação de Atenção à Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES/MA). A psicóloga Anize Angela foi responsável por apresentar a nova Política de Saúde Mental e Outras Drogas, detalhando suas principais normativas, princípios e estratégias implementadas para a melhoria do cuidado na rede de atenção psicossocial. “Esse momento foi importante tanto do ponto de vista da articulação entre a SES e o CDMP, quanto pela oportunidade de apresentar para essa Organização a forma como hoje se encontra organizada a rede de intervenção psicossocial dentro do Estado do Maranhão, com suas preocupações, seus fluxos, seus avanços e seus desafios”, afirmou Angela.
Durante o encontro, Anize Angela ressaltou a necessidade de uma linha de cuidado específica para crianças e adolescentes no Maranhão, dentro da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). A psicóloga explicou que o atendimento deve começar na atenção primária, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), passando por serviços especializados e de urgência, garantindo o cuidado integral em saúde mental. “Caso algum menino ou menina esteja em situações de crise, que seja acionada a rede de urgência e emergência, chegando até a processos de desinstitucionalização de forma a garantir que crianças e adolescentes tenham seus cuidados integrais em saúde, incluindo a saúde mental, assegurados”, comentou.
O coordenador geral do CDMP, Deilson Botão, destacou a importância da roda de diálogo, pontuando que o Centro de Defesa decidiu priorizar essa pauta nos próximos dois anos, devido ao impacto crescente da saúde mental em crianças e adolescentes. “O encontro foi fundamental para aproximar o CDMP da política de saúde mental da SES, possibilitando a formação de seus profissionais e a melhor compreensão dos fluxos de atendimento no estado. Foi um momento extremamente importante, onde pudemos entender essa política e, a partir disso, iremos conseguir colaborar com esse processo de cuidado das pessoas que são acometidas de sua saúde mental”, finaliza Deilson.